BI Móvel, uma tendência que veio pra ficar

Os executivos precisam de mobilidade, simplicidade, objetividade, segurança, velocidade e seletividade, eesses são os fundamentos que tem alimentado o conceito da ferramenta. Um recente estudo da consultoria IDC apontou que o Business Intelligence (BI) foi citado entre as prioridades das grandes companhias em relação aos investimentos em TI para os próximos anos. De acordo com os números levantados pela pesquisa, a expectativa é de que as receitas desse setor cresçam 14% no Brasil em 2010, em relação ao ano passado, atingindo um total de 251 milhões de dólares.

O mercado tem amadurecido rapidamente e cada vez mais percebido que o acesso às informações estratégicas do negócio para tomada de decisão pode ter um papel decisivo na qualidade dos serviços prestados e um impacto considerável nas vendas e na rentabilidade das empresas.

Junto a esse amadurecimento, vem surgindo outra tendência, que, a meu ver, veio para ficar e abrir novas possibilidades de negócios para as empresas. Trata-se do BI Móvel, que nada mais é do que obter essas informações, em tempo real, através de um dispositivo móvel (celular, palm ou PC).

Estamos vivendo a era em que o gestor necessita que a informação chegue até ele, ele não pode mais ter que buscá-la. Hoje, para o domínio total do negócio, os executivos precisam de mobilidade, simplicidade, objetividade, pró-atividade, segurança, velocidade e seletividade, e esses são os fundamentos que tem alimentado o conceito do BI Móvel.

Esse tipo de ferramenta propicia praticidade na gestão das empresas e traz todas essas características de mobilidade necessárias ao perfil do executivo, que precisa acessar informações sintéticas com gráficos, estatísticas e indicadores, de onde ele estiver e na hora que ele desejar.

Algumas ferramentas já disponíveis permitem também a transmissão de informações operacionais para os gerentes, funcionários, clientes e fornecedores, referentes aos processos do dia-a-dia da empresa, tais como vendas do dia, vendas por vendedor, unidade ou região; receita acumulada, clientes inadimplentes acima de determinado valor, aviso de status do pedido, alerta de atrasos em projetos ou atendimentos, necessidade de manutenção em máquinas e equipamentos, etc.

Recentemente li uma entrevista de um consultor da Frost & Sullivan, que diz que a análise móvel de dados ultrapassará a barreira do mercado de nicho, como se posiciona hoje, para entrar na lista dos principais aplicativos das corporações, já que ela é uma ferramenta capaz de fazer duas coisas essenciais: acelerar a tomada de decisão e melhorar a qualidade de serviço ao cliente.

Só posso concordar com o ponto de vista deste consultor, complementando que essas ferramentas vêm para melhorar a qualidade de vida dos empresários e executivos, pois conquistarão maior independência. Afirmo que essa realidade também se aplica ao Brasil, que assim como outros países considerados de primeiro mundo, está saindo na frente de muitos e consolidando essa tendência que, com absoluta certeza, vai conquistar seu espaço.

*Felipe Calixto é diretor presidente da Sankhya, fornecedora de sistemas de gestão empresarial para pequenas e médias empresas.