Investimento em tecnologia de ponta atrai profissionais qualificados

Segundo especialista, dar autonomia e cumprir promessas são quesitos que contribuem para a retenção de talentos.

Companhias que investem em tecnologia de ponta e estruturam uma TI voltada aos negócios costumam ser mais atrativas para profissionais qualificados, tanto para efeitos de contratação como na hora de reter bons talentos. Esta é a visão de Maria Paula Menezes, gerente da divisão de TI da empresa de recrutamento especializado Robert Half.
A executiva explica que salário também é um fator importante para atrair e reter bons talentos. “Em geral, as empresas com bom orçamento destinado a TI tendem a ter o perfil de investir em novas tecnologias e oferecer pagamentos satisfatórios”, explica.

Outro quesito apontado pela especialista em carreira de TI está na autonomia que a empresa confere ao profissional. “Eles tendem a avaliar o quanto poderão participar de decisões, de negociações com parceiros e fornecedores, se sua visão de negócios será considerada, o quanto poderá contribuir em projetos, melhorias e processos”, detalha.

Nas práticas de retenção de talentos, Maria Paula lembra que não se pode esquecer o momento da carreira do profissional, frente aos desdobramentos da companhia. “As pessoas sentem necessidade de enxergar solidez nas promessas da empresa”, comenta. Ela conta que acompanhou muitos relatos de executivos de TI que não tiveram promessas atendidas, seja aumento de salário, um novo projeto ou mais autonomia para realizar seu trabalho. “A falta de cumprimento pode levar uma pessoa a deixar a organização”, alerta.

Para que os CIOs, na posição de gestores de talentos de TI, evitem erros como o descumprimento de promessas, Maria Paula sugere diálogo com a equipe. “Estar próximo do cotidiano, entender sua performance, conversar com gerentes e coordenadores para identificar quem está tendo bons resultados ou dificuldades”, elenca. Para ela, a gestão transparente é a melhor ferramenta de retenção. “Não adianta só usar indicadores, mas ter o retorno dos próprios colaboradores”.

Fonte: Information Week