Business Intelligence evolui para antecipar os cenários

Aplicativo de negócios passa a agregar novas funcionalidades

Clientes têm a ideia de que precisam adotar algo novo, diz Caodaglio.

As soluções de Business Intelligence (BI), enfim, começam a ficar mais inteligentes. Depois de ajudar a dar uma maior dinâmica às informações ao permitir a geração de relatórios e o acompanhamento da saúde financeira das empresas, as novas versões desse aplicativo de negócios evoluem. E o ponto de partida para isso é a capacidade do BI de antecipar cenários e automatizar decisões.

O que vai acontecer com a sua empresa no próximo semestre? Se os canais continuarem vendendo com determinada margem, será preciso contratar mais pessoas? Essas são algumas das questões que as soluções de BI começam a ser preparadas para responder. Além disso, a ideia é preparar esses aplicativos para que consigam responder ao maior número possível de questões que possam ser feitas pelos gestores, a partir dos dados ali armazenados.

“Mais de 70% do mercado ainda é usuário das ferramentas tradicionais, capazes de gerar relatórios”, admite o analista da consultoria IDC Samuel Carvalho. “Mas na medida em que as companhias forem amadurecendo, adotarão as versões de BI mais avançadas”, acredita.

As soluções de BI passam, então, a agregar novas funcionalidades, como as de gerenciamento estratégico, através do Balanced Scorecard (BSC). Também ganha espaço a integração com ferramentas de acompanhamento de desempenho, governança corporativa, gestão de eventos e automatização de processos, via Business Process Management (BPM).

Para o diretor sênior de vendas de BI e EPM da Oracle, José Caodaglio, as empresas estão atentas para a necessidade de refazerem o seu BI dando a esse aplicativo uma visão mais abrangente, o que não existia na primeira onda de implementações. “Os clientes têm a ideia de que precisam dar um passo à frente e adotar algo novo, mesmo que muitos ainda não saibam especificar o que é”, diz.

Como nem sempre as áreas de TI têm tempo, conhecimento e recursos para construir essa nova especificação de BI, o caminho pode ser o de buscar o compartilhamento de boas práticas e de projetos que já funcionaram em outras empresas, por meio de modelos pré-construídos e de parceiros de confiança. “Ninguém pensa em construir do zero um ERP, mas algumas empresas ainda acreditam que podem fazer isso com o BI”, observa Caodaglio.

Outra tendência nas novas versões do BI é a mobilidade. Com os usuários corporativos cada vez mais conectados, não há como os fornecedores não se preocuparem com esse tema. Diante disso, correm para tornar os dashboards (painel de indicadores) dos seus produtos compatíveis com dispositivos como notebooks, tablets e smartphones.

Foi o que fez a gaúcha Sadig, que recentemente anunciou uma versão do seu aplicativo de BI no Sadig Mobile para Tablets. Com essa nova modalidade de acesso, os clientes podem acessar as informações necessárias para a tomada de decisões a qualquer momento. “Já tínhamos uma versão para smartphone, mas a tela do tablet é mais conveniente para os usuários”, observa o diretor-presidente da empresa, Moacir Pogorelsky.

Para acessar os dados do seu BI, os clientes da Sadig precisam apenas de uma conexão à web. Feito isso, podem acessar o aplicativo no site do produto, de acordo com o nível de permissão de cada usuário.

Caodaglio, também defende que as empresas permitam o acesso ao BI através dos dispositivos móveis, mas, faz um alerta. “É preciso ter cuidado para não sobrecarregar a TI ao fazer com que a área tenha que elaborar um relatório para cada tipo de dispositivo”, diz o diretor sênior de vendas de BI e EPM da Oracle.

Fonte: Jornal do Comércio

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=67409