40% dos CFOs duvidam do impacto da transformação digital

Diretores financeiros subestimam abrangência e implicações resultantes da revolução trazida pela tecnologia

Ok. Uma grande parte dos diretores financeiros (CFOs) já observa a importância de tecnologias digitais como ferramenta para lidar com a pressão e suportar as transformação dos negócios. Digamos que essa é a “parte meio cheia do copo”.

Já a “parte meio vazia do copo” está aqui: mais de um terço de executivos dessa função ainda duvida dos impactos trazidos pela digitalização das organizações. Pelo menos, isso é o que mostra uma pesquisa da consultoria Pierre Audoin Consultants (PAC), patrocinada pela HP.

O estudo tentou medir o impacto das tecnologias digitais nas rotinas dos profissionais encarregados de lidar com as finanças das companhias – que muitas vezes, são responsáveis por assinar os cheques para os projetos de TI.

De acordo com o relatório, alguns CFOs “subestimam a abrangência e implicações resultantes de uma transformação” trazida pelas tecnologias que, cada vez mais, transformam empresas em organismos digitais.

A PAC entrevistou 301 diretores financeiros de organizações de médio e grande porte de diversas indústrias e espalhados por 12 países sobre como a onda digital lhe tocava diretamente ou influenciava a forma como atingia seus objetivos estratégicos.

Não há surpresa de que o processo de automação é visto como um grande valor para esses profissionais, constatou a consultoria, que adicionou: são ferramentas que ajudam a ampliar eficiência, velocidade e qualidade na execução de tarefas, reduzindo consideravelmente o trabalho manual do dia a dia.

Outro atributo valorizado tocam as tecnologias móveis para acesso a relatórios que melhoram seus controles e transparência quanto ao desempenho dos negócios. Além disso, ferramentas de análise são encaradas não somente como oportunidade para ganhos de eficiência operacional, mas como mitigadores de risco, adicionou a PAC.

Apesar de todo esse belo cenário descrito, 40% dos respondentes avaliam como benefícios “menores” ou “nulos” o uso de soluções digitais. O contexto mostra, segundo a consultoria, que esses profissionais subestimam o poder da mudança e o potencial de benefícios da tecnologia.

“Para conseguirem extrair todos os benefícios das tecnologias digitais, os CFOs precisarão colaborar não somente com aliados externos, mas também com divisões de negócios, como TI, vendas, marketing e serviços aos clientes para extraírem mais valor da tecnologia”, recomendou Danila Meirlaen, vice-presidente da HP, sobre o estudo.

Fonte: Computerworld newsletter – 5 de outubro de 2014 – 08h05