Cientistas do Reino Unido criam robô capaz de aprender emoções

Máquina foi projetada para estabelecer vínculos afetivos, interagir com pessoas e demonstrar emoções por meio de expressões corporais.

Pesquisadores do Reino Unido trabalham num robô que desenvolverá emoções à medida que interage com pessoas.

Cientistas da Universidade de Hertfordshire anunciaram nesta semana a finalização de um protótipo de um robô capaz de aprender como expressar emoções. Segundo a universidade, o robô é projetado para estabelecer vínculos, interagir com pessoas e demonstrar emoções por meio de expressões corporais.

Até agora a lista de emoções do robô inclui felicidade, tristeza, medo, excitação e orgulho.

“Este comportamento tem como modelo o de uma criança em sua primeira infância”, disse Lola Cañamero (foto), pesquisadora-líder do projeto. “É também muito parecido com o modo que chimpanzés e outros primatas não humanos desenvolvem laços afetivos com quem cuida deles.”

De acordo com a universidade, os robôs são projetados para aprender como responder a humanos por meio da leitura de expressões faciais e de outros sinais sociais, de forma bastante parecida com que crianças aprendem a interagir em sociedade.

Futuro próximo
O surgimento de robôs de companhia para venda no varejo num futuro próximo tem sido cada vez mais alvo de discussão.

Uma empresa de Nova Jersey (EUA), TrueCompanion.com, anunciou no começo deste ano que estava prestes a revelar sua namorada robótica falante. Roxxxy the robot não é uma boneca inanimada. Ela é dotada de inteligência artificial e pode manter um diálogo.

Esse tipo de avanço robótico não chega a espantar David Levy, um pesquisador britânico de inteligência artificial, que há cerca de três anos previu que a robótica faria avanços dramáticos a ponto de vermos casamentos de humanos com robôs por volta de 2050.

Levy disse que os robôs perderão seu visual industrial e movimentos duros, tornando-se máquinas semelhantes aos humanos que serão utilizadas como empregados, amigos e até esposos ou esposas.

No trabalho conduzido hoje com robôs e emoções, os robôs não apenas aprendem a se adaptar ao temperamento e às ações de suas companhias huanas, como também são capazes de formar vínculos com pessoas específicas. “Quanto mais eles interagem e recebem o feedback e o nível de engajamento apropriado do humano, mais forte será o laço formado e o total aprendido”, ressaltou a universidade.

Os pesquisadores esperam que os robôs possam um dia tornar-se companhias e babás para crianças doentes.

(Sharon Gaudin)