O que é necessário saber sobre BI para dispositivos móveis

A maioria das empresas não desenvolveu sua estratégia para mobilidade. E, nas empresas em que tais estratégias estão claras, faltam as soluções de inteligência de mercado

Faltam cálculos de retorno sobre o investimento (ROI) para estratégias de BI (Business Intelligence)  em plataformas móveis, assim como falta a demanda por tais soluções. Mas, segundo a Forrester, essas carências devem ser atendidas em breve.

Ocorre que a parceria entre produtividade móvel e BI é uma relação que precisa der ajustada em vários sentidos. Boris Evelson, analista da Forrester e autor do estudo “A Practical How-To Approach To Mobile BI”, avalia que tal necessidade deverá ser atendida em breve. A Forrester sugere ainda que os dados de processamento das informações corporativas sejam levados para os dispositivos móveis, e logo.

Com vistas a suprir o mercado com informações sobre como realizar a aproximação entre os dois segmentos, o analista desenvolveu uma relação com cinco recomendações sobre a solução de BI para dispositivos móveis, como os tablets:

1. A solução escolhida deverá suportar requisições visuais distintas. Não se trata de uma consulta ordinária à bases de dados.

2. Deverá, ainda, ampliar as rotas de entrada de informações. Para o na analista, nem todo tipo de consulta deverá exigir o uso de teclados ou sequer o uso da tela sensível ao toque. Ele recomenda que os recursos de leitores de códigos de barras, de geolocalização (GPS) e do acelerômetro (que permite avaliar a inclinação do dispositivo nos eixos) sejam incluídos ao processo de coleta de dados. Apesar de ser um raciocínio “fora da caixa” e voltado aos modelos mais modernos de tablets, Boris avalia tais facilidades como sendo de suma importância.

3. Incluir dados de geolocalização na solução de analytics. Segundo a Forrester, é muito importante que dados cartográficos sejam apresentados em relatórios para aprimoramento das informações sobre os resultados.

4. Estabelecer uma interface entre os aplicativos de BI e calendários, catálogos de endereços e e-mail. Tal interface facilita que informações sejam partilhadas com outros usuários.

5. Desenvolver soluções de BI que suportem a manipulação da interface via menus, barras de rolagem e manipulação da imagem usando os recursos como girar, ampliar e mover.

Para finalizar, a Forrester desenvolveu outra relação com quatro sugestões para a estratégia de BI

1. Um passo de cada vez.

A inteligência de mercado para dispositivos móveis deverá se apreciada como integrante de uma estratégia de inteligência de mercado maior. Esta, por sua vez, é apenas a parte visível de uma arquitetura e de uma infraestrutura para a gestão da informação. Não é razoável, focar no desenvolvimento de uma estratégia de inteligência de mercado para dispositivos móveis antes de dar conta das “lições de casa”, como integração de dados, inspeção de qualidade das informações e de armazenamento e disponibilização de informações.

2. Concentrar as ações

A companhia de pesquisas sugere que as empresas se preocupem em desenvolver um case com ROI mensurável no ambiente de mobilidade. Tal case é necessário para mitigar o paradigma de tablets serem um produto “de brinquedo” e de pouco valor aos negócios da companhia.

3. Integrar é preciso

Segundo a Forrester, as empresas devem realizar a integração entre os aplicativos de BI e outras plataforma, tais como de CRM e de ERP. Para tal, cabe verificar se o fornecedor predileto das soluções de inteligência de mercado disponibiliza os pacotes para aplicativos (SDK), necessários para realizar a comunicação entre os diferentes aplicativos.

4. Simplicidade

Apesar da praticidade oferecida pelas telas sensíveis ao toque, a Forrester sugere que a pouca área visível dos tablets seja levada em consideração na hora de programar a interface. Usabilidade é outro ponto chave levantado pela empresa: os painéis de controle devem oferecer manipulação intuitiva e exibir as informações mais relevantes em locais de fácil leitura.

Fonte: CIO